Exemplo de democracia nas eleições do Sinsej

Os trabalhadores do serviço municipal de Joinville, Garuva e Itapoá elegeram nos dias 18 e 19 de março a direção do Sinsej para os próximos três anos. Com 2.946 votos (64,78%) a categoria escolheu a Chapa 1 – Unidade, Organização e Luta, que representa a continuidade da política da atual direção. A Chapa 2 – Giro Sindical – fez 1.580 votos (34,74%).

Esta foi a maior eleição da história do Sinsej. De 6.604 servidores aptos, houve 4.548 votos válidos. Durante dois dias de eleição, 20 urnas coletaram votos em cerca de 350 locais de trabalho. De acordo com o membro da comissão eleitoral e advogado Francisco Lessa, este resultado só foi possível porque todos os esforços foram empreendidos para permitir a votação do maior número de eleitores.

Tamanha participação representa um marco histórico no movimento sindical de Joinville e região. Para o presidente do Sinsej, Urich Beathalter, ela demonstra o reconhecimento do bom trabalho realizado pela atual gestão e o amadurecimento político da categoria, que foi às urnas para decidir a vida da sua entidade sindical. “Ganhamos com uma grande vantagem em um processo que foi um verdadeiro exemplo de democracia”, ressaltou Ulrich.

A chapa vencedora é formada por membros da atual diretoria do Sinsej somados a companheiros que se destacaram nas batalhas da categoria nos últimos três anos.

Membros da Chapa 1 e apoiadores comemoram resultado da eleição

Sem proposta alguma, a oposição apela para mentiras e calúnias

Nas últimas horas bate o desespero de alguns, por reconhecer que sem trabalho duro e reconhecimento dos trabalhadores não se chega a lugar algum na luta sindical.

A falta de preparo e o desconhecimento dos verdadeiros problemas da categoria - e o rabo preso com o governo - dão lugar a propostas incabíveis, assistencialistas e que pretendem colocar a luta dos trabalhadores em segundo plano, tentando estagnar a força dos trabalhadores. 

É exatamente assim que faz a CHAPA 2 - GIRO Sindical. 
Na última semana, depois de perderem na justiça DUAS VEZES - uma tentando tirar o direito democrático dos servidores de Garuva e Itapoá votarem e outra tentando devolver os direitos político-sindicais de uma ex-diretoria inoperante que lesou os cofres do Sinsej em mais de UM MILHÃO DE REAIS - foram às cidades de Garuva e Itapoá espalhar a mentida de que o voto daqueles servidores seria invalidado. 

MENTIRA! 

A justiça já garantiu e aqueles servidores deverão votar e mostrar a importância que eles têm em nossa região. 

Não bastasse a derrota, se aproximaram de uma associação de servidores de Garuva, que por anos tem evitado que os trabalhadores constituíssem um sindicato, para tentar desarticular politicamente os servidores, e elaboraram uma carta dizendo que o rejuste recebido em 2012 foi negociado com essa tal associação. 

Vale alguns esclarecimentos: 

1. A tal associação é comandada pelo principal representante do PMDB em Garuva.
2. O mesmo presidente tinha relações estreitas com o governo anterior e por diversas vezes foi uma dura defesa dos interesses da gestão anterior na Câmara de Vereadores.
3. O antigo governo tentou de todas as formas despistar o Sinsej naquela cidade, se aproximando da Associação, para enganar os servidores, fazendo-os crer de que as negocições nada tinham a ver com o sindicato. MEDO. Medo que a organização dos servidores, que cresce dentro do sindicato, se convertesse numa voz dura e coletiva contra sua gestão.
4. Daí surgiu uma carta, que nada tem de democrática, feita em gabinete, sem a participação de nenhum servidor, mas responde EXTAMENTE à reivindicação feita pelo SINSEJ.
5. Dirigentes do SINSEJ estiveram duas vezes em reuniões dessa Associação. Reuniões que não aconteceram por falta de quórum, deixando claro que essa entidade não representa os servidores garuvenses. 

A CHAPA 2 - GIRO Sindical é uma vergonha para a categoria dos servidores de Joinville, Garuva e Itapoá. É a chapa do Prefeito! Está diretamente atrelado aos interesses do partido do governo. 

Qualquer um que conheça a origem da chapa sabe que vários de seus organizadores, hoje são presidentes de fundações municipais, tem cargos de chefias em secretarias municipais, ex-diretores escolares das antigas gestões da Prefeitura e até mesmo estiveram pendurados em cargos de confiança na última gestão joinvilense. 

Esse artigo foi produzido para atender à solicitação de vários servidores joinvilenses, que ficaram preocupados com as mentiras levantadas por esse grupo desleal e de interesses particulares. INfinitamente distintos dos interesses da categoria.

Este texto também foi feito em respeito aos companheiros de Garuva e Itapoá que têm lutado nesses últimos dois anos pela construção de um sindicato de luta em suas cidades e são atacados com mentiras, tentando colocar em dúvida o valor e a importância de seus votos.

Nossa categoria sabe quem está de fato do seu lado. Os trabalhadores sabem quem de verdade está disposto para a luta. A amanhã isso se comprovará nas urnas. E esse é o medo da CHAPA 2, a vitória dos trabalhadores!

Jean fala sobre melhorias no Estatuto dos Servidores de Joinville

Disponibilizamos abaixo a entrevista do candidato da Chapa 1 Jean Almeida. Ele fala sobre a proposta da Chapa 1 de alcançar melhorias no Estatuto dos Servidores.

Organizar o Sinsej para a luta

A função de uma entidade sindical é defender os interesses dos trabalhadores e para isso ela precisa de estrutura física, funcionários, meios de deslocamento, materiais de comunicação, entre outros. Nada disso é feito sem dinheiro. 

Porém, é importante que os recursos necessários venham dos próprios trabalhadores, de forma consciente e voluntária. Atualmente o Sinsej consegue manter-se apenas com a mensalidade dos servidores associados. Isto mostra o reconhecimento que o trabalho da atual direção tem entre os trabalhadores. Em 2010 o sindicato tinha pouco mais de 5 mil filiados, agora já passamos dos 7 mil. 

Somos um exemplo, pois poucos sindicatos têm o número de filiados que o Sinsej possui (proporcionalmente ao número de trabalhadores da base). Existem por aí muitas entidades sindicais que não representam realmente seus trabalhadores e, consequentemente, têm poucos associados, mas seus dirigentes vivem (bem!) do imposto sindical – aquela contribuição obrigatória que é descontada uma vez por ano de todo trabalhador. 

A atual gestão do Sinsej, acompanhando a política da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é contra o imposto sindical. Por isso, no ano passado propusemos a devolução da parte deste recurso que fica com o sindicato. Fizemos isso tão logo conseguimos colocar em ordem a bagunça deixada pelos ex-diretores nos caixas da entidade (foi constatado um rombo de mais de R$ 1 milhão). 

Além disso, nesta gestão o dinheiro da categoria passou a ser muito melhor empregado. O atendimento jurídico aos servidores foi melhorado e ampliado, o consultório odontológico foi reformado e colocado nos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, os chalés de Barra do Sul receberam melhorias, profissionais qualificados foram contratados em diversos setores e a comunicação com a categoria melhorou consideravelmente (elaboração e alimentação do site e redes sociais, jornal bimestral, programa de rádio, materiais impressos, anúncios, entre outros). E o mais importante: realizamos centenas de assembleias, os diretores da entidade visitaram constantemente os locais de trabalho, mobilizamos duas greves e atualmente estamos na quarta Campanha Salarial desta gestão. 

Mas devemos prestar especial atenção em um dos custos do sindicato. O consultório odontológico consome sozinho quase a metade da arrecadação da entidade com mensalidades. Este exemplo serve como reflexão. A função do sindicato não é arcar com a saúde dos servidores, mas cobrar da prefeitura esta responsabilidade. A promessa da Chapa 2, de contratar pelo menos cinco especialistas para atenderem no Sinsej é fantasiosa e não resolve o problema. Afinal alguém acredita que eles dariam conta da saúde de 12 mil servidores? A Chapa 1 – Unidade, Organização e Luta – deseja direcionar o Sinsej cada vez mais para a luta e continuará organizando a categoria para cobrar da prefeitura suas responsabilidades.

Tarcisio fala sobre o direito ignorado do pagamento do 7º dia em dobro

Disponibilizamos abaixo a entrevista do candidato da Chapa 1 Tarcisio Tomazoni. Ele fala sobre o pagamento do sétimo dia trabalhado em dobro, direito historicamente ignorado pelos governos de Joinville.

Joinville, Garuva e Itapoá: unidas e mais fortes

Desde 2011 o Sinsej está mais forte, com a união entre os servidores de Joinville, Garuva e Itapoá. 

A extensão da base foi solicitada por trabalhadores das prefeituras destas cidades, pois lá não havia uma entidade de luta que os representasse. Com a repercussão das greves de 2010 e 2011, estes servidores viram no Sinsej uma referência de luta. Como nas cidades pequenas as relações de coronelismo costumam ser mais fortes, eles enxergaram no Sinsej também a solução para o risco de criarem seus próprios sindicatos e logo perderem-nos para as prefeituras. 

Este fortalecimento é mútuo. Com a união, Joinville ganhou mais companheiros para a luta. Além disso, muitas vezes direitos conquistados em uma cidade servem como exemplo para pressionar os governos das outras. Esta é uma tendência. Atualmente, a maioria dos sindicatos tem base intermunicipal. Jaraguá do Sul, por exemplo, atende Massaranduba, Schroeder, Guaramirim. Chapecó atende mais 30 municípios em seu entorno. Todos sabem que a união aumenta a força. 

Hoje, já há mais de 200 filiados nas duas cidades e a estrutura montada pelo Sinsej lá é inteiramente financiada com as mensalidades destes trabalhadores. 

Este ano os servidores de Garuva e Itapoá desenvolvem sua segunda Campanha Salarial, com pautas de reivindicações construídas democraticamente. Ano passado Itapoá conquistou 10% de reajuste, o que representou 3,92% de aumento real. Em 2013 já houve o reajuste da inflação, 6,2%, mas o Sinsej ainda luta por ganho real e pelas demais cláusulas da pauta. Garuva conseguiu em 2012 um reajuste de 10,33%, que significou 4,13% de aumento real, e a pauta deste ano está sendo negociada. O sindicato também está pressionando para que nas duas cidades as datas-bases sejam fixadas em maio, o que vai facilitar as negociações.

Somos CUT, somos mais fortes

A luta dos servidores de Joinville, Garuva e Itapoá é também a luta dos trabalhadores do Brasil e do mundo. Há muitas discussões que só podem ser feitas em âmbito nacional e para avançar nelas é preciso que os sindicatos estejam unidos. As federações, confederações e principalmente a Central Única dos Trabalhadores (CUT) cumprem um importante papel na centralização destas entidades. 

Por esse motivo, foi compromisso de campanha do MovimentAÇÃO em 2010 abrir a discussão sobre a filiação do Sinsej à CUT. A proposta foi aprovada em assembleia após a eleição da atual direção do sindicato e hoje o Sinsej integra a maior central sindical da América Latina, 5ª maior do mundo. A organização dos trabalhadores brasileiros na CUT cumpriu importante papel na derrubada da ditadura. Das lutas, greves e mobilizações organizadas por meio da central resultou a Constituição de 1988, a Previdência Pública Universal e Solidária, o SUS, a jornada de 8 horas semanais, o direito à greve, entre outros. 

Recentemente, foi a mobilização de trabalhadores de todo o Brasil organizados na CUT que conquistou a Lei do Piso do Magistério (que precisa ser constantemente cobrada e vigiada) e é por meio da central que luta-se pela redução da jornada de trabalho da Enfermagem para 30 horas semanais. 

Além disso, a filiação do Sinsej à CUT também fortalece o sindicato. Muitas das posições políticas defendidas pela atual diretoria vêm de discussões amadurecidas dentro da central. O fim do Imposto Sindical, por exemplo, é uma bandeira da CUT. Foi a partir desta discussão que a atual diretoria propôs à categoria devolvê-lo no ano passado. A redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários também é uma defesa da central que constou nas três campanhas salariais organizadas nesta gestão. 

Todas estas discussões são o resultado da experiência de milhares de entidades sindicais de todo o país. A CUT é dos trabalhadores, todos devem discutir as políticas e o funcionamento dela por meio de seus sindicatos. São também os trabalhadores que sustentam a central. Da mesma maneira que o Sinsej é financiado por seus filiados, os sindicatos contribuem com 10% de sua arrecadação mensal para a CUT. De outra forma, a central precisaria receber dinheiro de empresas e representantes da classe patronal, passando a servir a eles e não mais aos trabalhadores.

Conheça mais sobre a CUT: www.cut.org.br/