Organizar o Sinsej para a luta

A função de uma entidade sindical é defender os interesses dos trabalhadores e para isso ela precisa de estrutura física, funcionários, meios de deslocamento, materiais de comunicação, entre outros. Nada disso é feito sem dinheiro. 

Porém, é importante que os recursos necessários venham dos próprios trabalhadores, de forma consciente e voluntária. Atualmente o Sinsej consegue manter-se apenas com a mensalidade dos servidores associados. Isto mostra o reconhecimento que o trabalho da atual direção tem entre os trabalhadores. Em 2010 o sindicato tinha pouco mais de 5 mil filiados, agora já passamos dos 7 mil. 

Somos um exemplo, pois poucos sindicatos têm o número de filiados que o Sinsej possui (proporcionalmente ao número de trabalhadores da base). Existem por aí muitas entidades sindicais que não representam realmente seus trabalhadores e, consequentemente, têm poucos associados, mas seus dirigentes vivem (bem!) do imposto sindical – aquela contribuição obrigatória que é descontada uma vez por ano de todo trabalhador. 

A atual gestão do Sinsej, acompanhando a política da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é contra o imposto sindical. Por isso, no ano passado propusemos a devolução da parte deste recurso que fica com o sindicato. Fizemos isso tão logo conseguimos colocar em ordem a bagunça deixada pelos ex-diretores nos caixas da entidade (foi constatado um rombo de mais de R$ 1 milhão). 

Além disso, nesta gestão o dinheiro da categoria passou a ser muito melhor empregado. O atendimento jurídico aos servidores foi melhorado e ampliado, o consultório odontológico foi reformado e colocado nos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, os chalés de Barra do Sul receberam melhorias, profissionais qualificados foram contratados em diversos setores e a comunicação com a categoria melhorou consideravelmente (elaboração e alimentação do site e redes sociais, jornal bimestral, programa de rádio, materiais impressos, anúncios, entre outros). E o mais importante: realizamos centenas de assembleias, os diretores da entidade visitaram constantemente os locais de trabalho, mobilizamos duas greves e atualmente estamos na quarta Campanha Salarial desta gestão. 

Mas devemos prestar especial atenção em um dos custos do sindicato. O consultório odontológico consome sozinho quase a metade da arrecadação da entidade com mensalidades. Este exemplo serve como reflexão. A função do sindicato não é arcar com a saúde dos servidores, mas cobrar da prefeitura esta responsabilidade. A promessa da Chapa 2, de contratar pelo menos cinco especialistas para atenderem no Sinsej é fantasiosa e não resolve o problema. Afinal alguém acredita que eles dariam conta da saúde de 12 mil servidores? A Chapa 1 – Unidade, Organização e Luta – deseja direcionar o Sinsej cada vez mais para a luta e continuará organizando a categoria para cobrar da prefeitura suas responsabilidades.

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